“O ser humano é o principio, meio e fim de toda ação social."

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quarta-feira, 22 de abril de 2009


Anormalidade e Inclusão: Uma proposta de reflexão a luz das diferenças

Para o controle do grupo, agências fundamentalmente organizadas emergem das relações com o grupo podendo, assim, apresentar um controle efetivo sobre o homem. Para que tal controle seja efetivo, há de se necessitar de organizações que controlem e manipulem certos conjuntos de variáveis. Neste sentido fala-se de agências de controle. A história nos mostra como a questão do “padrão” a se seguir têm, continuamente, tomado espaço nas preocupações daqueles que são membros das Agências de controle.

O indivíduo não pertencente às demandas que o “padrão” exige é definido, ou, em outras palavras, é rotulado como sendo o “Anormal”. Mas Quem é o indivíduo “Anormal”? O Anormal é aquele que se desvia da norma, aquele que se encontra fora dos padrões considerados “normais” pela agência de controle e por que não dizer, por aqueles que são controlados também pela agência, ou seja, a sociedade em si. Assim sendo, a normalidade é constituída por padrões determinados estatisticamente e pelos interesses daqueles que, como dissemos, manipulam certos conjuntos de variáveis que influenciam diretamente a população. Desta forma, o normal se refere às características que aparecem com maior freqüência em um determinado grupo e que por conseguinte, fazem parte deste “padrão”.

Estando fora dos padrões considerados normais pela sociedade e pelas agências que controlam esta sociedade, o indivíduo é considerado anormal. Neste sentido, e a titulo de reflexão, quem determina quem é o anormal? A sociedade, e, isto inclui todos, desde os controladores até os controlados, é quem determina quem é o normal e quem é o anormal. A anormalidade reside na forma que cada um tem de perceber o mundo e de reconhecer as discrepâncias estéticas e comportamentais de determinado indivíduo.

Ser anormal é ser diferente, mediante a isto, podemos nos perguntar: “Existem no mundo duas pessoas iguais em todos os aspectos?” A ciência genética, nos diz que podem existir dois indivíduos com características filogenéticas (características comuns da espécie) idênticas, porém, a ciência comportamental nos garante a impossibilidade de dois indivíduos possuírem a mesma história ontogenética (história de aprendizagem ou história de vida), por suas singularidades e por exposições/percepções de estímulos diversos e singulares. Ao encararmos isto como verdadeiro, e levando em consideração que o anormal é aquele que difere dos demais tanto positiva como negativamente ou, em outras palavras, é aquele que é diferente dos demais e, também, levando em consideração que não existe nenhum indivíduo necessariamente e completamente igual ao outro, como devemos enxergar as diferenças? Talvez uma proposta sensata seria a de enxergarmos a diferença como um aspecto necessário da vida.

Conforme o apontado por Marsha Forest & Jack Pearpoint (1997) a questão chave do presente momento da civilização é “Como vivemos uns com os outros”. Neste sentido os autores propõem um enfoque especial a respeito da Inclusão, sendo que esta, para eles, trata justamente de aprender a viver COM o outro. Neste sentido, inclusão significa “estar com”. Com isso, para finalizar, devemos nos centrar na famosa frase de Martin Luther King “Ou aprendemos a viver juntos como irmãos, ou morreremos juntos como idiotas”, pois, pode-se afirmar que a anormalidade não está constituída nas características físicas e comportamentais de cada indivíduo, mas sim, na forma como cada um encara o próximo e age diante disso.


Djalma Freitas

terça-feira, 21 de abril de 2009

O QUE ME TORNA UM SER HUMANO?

Ser humano? O que é ser humano?

Não somos simplesmente um ser biológico, mas também um ser social que se constitui ao longo da História e por meio de um convívio com a espécie. Mas este convívio me torna um ser humano?

Ao reconhecer a minha diferenças nas relações com os meus semelhantes e me sentir no direito de considerar melhor e superior sobre o meu próximo, me torna um ser humano?

Considerar um dominante e procurar explorar por fator econômico ou social, perpetuando a diferença de condições de vida e proibindo a promoção humana, me torna um ser humano?

Ter a religião como parâmetro de julgamento e verdade absoluta não respeitando a opção religiosa do próximo e condenando as pessoas diferentes a minha forma de pensar me torna um ser humano?

Sentir um ser superior e mais evoluído, não respeitando a cultura alheia e prega a intolerância como solução para os problemas que nos afeta, principalmente por meio da violência, me torna um ser humano?

Ser humano? O que é ser humano?

Saber que as diferenças com meu semelhante não me fazem melhor e sim igual ao próximo. Isto me torna um ser humano

Não ser um dominante, nem um explorado, pelas injustiças sócias de nosso sistema e ter o humano com centro de nossas ações. Isto me torna um ser humano.

Considerar que a verdade e apenas uma busca para unir a humanidade em torno de um bem comum. Isto me torna um ser humano.

AMAR ME TORNA UM SER HUMANO.


Jean Camoleze

quinta-feira, 2 de abril de 2009